Christiane Torloni protagoniza "A Loba de -Ray-Ban", que entra em cartaz no dia 7 de novembro, no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo. A peça é uma nova versão do espetáculo "O Lobo de Ray-Ban", protagonizado por Raul Cortez e co-estrelado também por Christiane e Leonardo Franco, em 1987. O texto foi escrito por Renato Borghi que, ao mesmo tempo, já criava uma versão feminina a pedidos de Dina Sfat.
O foco é a vida de três atores de uma Companhia de Teatro. Dois deles formam um ex-casal, e o outro é o amante. Na versão masculina, Raul vivia o "lobo", um homem dividido entre o amor da ex-mulher e a paixão por outro homem. No lugar antes ocupado por Raul, está agora Christiane Torloni , que atua como Julia Ferraz, a atriz-empresária. Leonardo Franco dos momentos em que passou ao lado de Raul, e das frases ditas por ele. Durante coletiva de imprensa da peça, realizada esta semana em Sâo Paulo, os olhos da atriz se encheram de lágrimas e sua voz ficou trêmula. Naquele momento, ela deixou o coração falar mais alto. "Eu me emocionei muito ao decorar o texto. Eu ouço o Raul falando como se estivesse sussurrando no meu ouvido. Para mim, isso está sendo um grande desafio. As nossas vozes continuam aqui. Também me ouço como o personagem de Leonardo Franco", declarou. O grande personagem da dramaturgia brasileira morreu no dia 28 de julho de 2006 e deixou enormes saudades aos amigos e ao público.
Mais de duas décadas depois, a atriz se vê muito mais madura e evoluída, chegou a se definir como outra mulher, e deixou claro que se tornou loba, na arte e na vida. "A Julia de 22 anos atrás foi uma passagem de nível. Tem que se ter muita coragem para entrar nessa caverna, avançar. O texto veio para me dizer 'Olha, você já chegou nesse lugar. Você é loba, seja loba'", opinou.
Sexualidade
"Ela [Maria Maya] dá o peitinho, ele dá a bundinha [Leonardo Franco] e eu dou a linguinha. Cada um dá o que pode." Foi assim, com muito bom humor, que Christiane Torloni finalizou suas declarações sobre o que o público pode aguardar do espetáculo, mergulhado em sexualidade e desejo.
Antes mesmo de viverem mãe e filha na trama global "Caminho das Índias", Christiane e Maria já sabiam que ia ficar, literalmente, cara-a-cara em "A Loba de Ray-Ban". O que foi uma grande coincidência. Mas para elas, a convivência na trama foi ainda melhor. "A primeira pessoa para quem eu liguei quando soube do papel [em "Caminho] foi para a Chris. Falei: ''Chris, vou ser sua filha", brincou Maria, que logo foi interrompida por Christiane: "Levei um susto!".
Na pele das duas, o tema abordado é o bissexualismo. Mas o diretor José Posi Neto explica que a peça defende a honestidade, não a opção sexual. "O assunto principal da peça não é o homossexualismo. Este é apenas um dos temas. Mas como é ainda um tabu em pleno século XXI, ele acaba aparecendo na frente. O grande assunto da peça é o relacionamento amoroso, o papel da traição, da paixão e do ciúme. Por isto esta peça é universal, nunca fica datada. Paralelo a isto, existe uma grande paixão que os une: o teatro", declarou
Fonte: MSN.
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